Para Florianópolis ser uma cidade melhor ela precisa também de pessoas melhores

Vivemos em um paraíso natural, cercado de problemas por todos os lados. Problemas que N�"S criamos.

Foto: arquivo/divulgação

Foto: arquivo/divulgação

É comum ouvirmos reclamações das mais variáveis sobre os problemas da cidade de Florianópolis. E para reclamar o que mais tem são 'especialistas'. Quando a pessoa começa dizendo "lá onde eu morava", ou seja, lá vem comparação. Mas Florianópolis não pode ser comparada, Florianópolis é única, é diferente, Florianópolis precisa sim ser melhorada, mas a responsabilidade é de todos.

Esta consciência tem que ser coletiva e transformada em ação, para não padecer apenas na intenção. E de intenção o mundo tá cheio.

O retrato atual é o de cada um pensando em si, no seu próprio umbigo. Pessoas aportam todos os dias na cidade e muitas esquecem o que as trouxe aqui.

O morador, o empresário, as autoridades, todos precisam refletir sobre o papel de cada um neste contexto: o que posso fazer para contribuir com o lugar em que vivo?

Grande parte, eu diria, a grande maioria, apenas espera que o outro faça ou tenha a iniciativa, mas na hora de criticar é o primeiro, a tal transferência de responsabilidade.

Sem qualquer exacerbo afirmo: vivemos em um paraíso natural, cercado de problemas por todos os lados. Problemas que NÓS criamos.

Não estou tirando do poder público a responsabilidade, ao contrário, estou afirmando que enquanto não somos participATIVOS o poder público faz o que quer, ou deixa de fazer. E depois não adianta reclamar com um textão no comodismo das redes sociais.

Entre os descasos de alguns moradores com a cidade é o fato de residirem aqui e o título de eleitor ainda ser da cidade natal. A transferência de título é a primeira iniciativa a ser tomada por um cidadão consciente que quer o melhor para a cidade. É o mínimo que se espera.

Mas eu pago impostos, exijo!

Em todo lugar do mundo se paga imposto, porém nem todo lugar do mundo te oferece essa natureza exuberante, certo?

Que tal ao invés de eu exijo, eu participo.

O fato é, reclamar faz parte e é necessário, mas não seja o sujeito amargo que aponta o dedo para tudo e não move um dedo sequer para apresentar uma iniciativa, por mais simples que seja.

Chega de exploração predatória, chega de muitos apenas tirarem proveito do nosso lugar, chega de individualismo, contribua, crie, participe, seja a diferença na transformação por uma ilha verdadeiramente da magia.


Moacir Oliveira

Jornalista/Editor do Portal Norte da Ilha