Pinguins a solta: 13 voltaram ao mar no Norte da Ilha

Eles passaram por reabilitação

Pinguins a solta: 13 voltaram ao mar no Norte da Ilha

Chegou ao final o processo de reabilitação para treze pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus). Eles voltaram ao habitat natural na manhã desta quinta-feira, 16, na Praia do Moçambique, em Florianópolis.

As aves foram reabilitadas no Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3 Animal), por meio do PMP-BS. Deste grupo, seis pinguins foram resgatados pela R3 Animal nas praias da Ilha de Santa Catarina. O restante foi resgatado por outras instituições executoras do PMP-BS e as aves foram reabilitadas em Florianópolis.

A equipe do PMP-BS junto à Univali foi a responsável pelo resgate de dois pinguins, as equipes da Univille e da Udesc foram responsáveis pelo resgate de um pinguim cada. Três pinguins vieram de outros estados para terminar a reabilitação por aqui: dois foram resgatados pelo PMP-BS/UFPR no litoral do Paraná e um pela equipe do IPeC, de Cananéia SP.

Este ano, até o dia 10 de setembro, já tivemos o registro de 1.325 pinguins nas praias da Ilha, apenas 164 estavam vivos no momento do resgate. Agosto foi o mês com a maioria das ocorrências, 1.023 pinguins e apenas 98 estavam vivos.

Em julho, foram resgatados 182 pinguins, sendo 36 vivos. Em junho, foram apenas dois registros e as aves estavam mortas. Os primeiros registros dessas aves nessa temporada anual de migração ocorreram em maio, foram dois animais vivos.

Em 2020, registramos 800 pinguins nas praias da Ilha, 116 vivos no momento do resgate. Em 2019, foram 747 registros e apenas 53 estavam vivos. Já em 2018, foram resgatados 1.814 pinguins, sendo 113 vivos.

As aves resgatadas vivas chegam tão debilitadas às praias que muitas vezes morrem no caminho para o CePRAM/Animal. Os que sobrevivem ficam em média dois meses em reabilitação.

A presidente da R3 Animal e Coordenadora do PMP-BS/Florianópolis, Cristiane Kolesnikovas, explica que a maior parte dos pinguins que encalham consiste em juvenis, no primeiro ciclo migratório, e chegam bastante debilitados.

"Os pinguins chegam muito magros, desidratados, hipotérmicos e parasitados. Por isso a reabilitação é tão difícil e demorada".