Lição de vida: conheça a história da idosa de 70 anos que vive da coleta de recicláveis no Norte da Ilha

Dona Rosa - 70 anos de idade - Catadora de recicláveis no bairro Rio Vermelho

Dona Rosa - 70 anos de idade - Catadora de recicláveis no bairro Rio Vermelho

Poucos jovens têm a força e a determinação da Dona Rosa, uma senhora de 70 anos de idade, moradora do bairro Rio Vermelho, Norte da Ilha em Florianópolis.

Faça sol ou faça chuva (foto tirada em dia de chuva), a senhorinha de estatura baixa, magrinha e de cabelos brancos (muitas vezes ofuscados por um boné), sai pelas ruas do bairro em busca de recicláveis como latinhas, vidros, plásticos, metais...

Para transportar o material coletado, dona Rosa utiliza um carrinho artesanal de tamanho grande, maior que ela. A idosa costuma sair todos os dias bem cedo para a coleta, antes até da chegada do sol. Alguns moradores que a conhecem já deixam as embalagens separadas em uma sacolinha.

Ela sai com o carrinho vazio e volta com ele lotado, o que dificulta manobrá-lo pelas servidões estreitas e com carros circulando ou estacionados.

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Mas não para por aí, ao chegar em casa ela começa um outro trabalho, no qual conta com ajuda do filho, a separação de cada ítem e o que não serve para ela, faz questão de doar.

Dona Rosa em seu trabalho diário no bairro Rio Vermelho

A idosa ganhou o respeito dos moradores pela discrição e zelo no trabalho. Ela abre as caixas ou sacos, retira o que considera de valor, fecha e deixa tudo como estava. Alguns nem percebem que ela passou por ali.

A rua onde ela mora tem mais de um quilômetro de extensão e é um desafio e tanto para sua locomoção. Com trechos ingrimes, exige força e muita disposição.

Segundo ela, a necessidade a levou para este trabalho duro, uma forma de complementar a única renda da casa, a aposentadoria do marido, no valor de um salário mínimo.

Se a situação era difícil para dona Rosa, ficou ainda mais complicada com o falecimento do marido no final do ano passado. Agora nem o dinheiro da aposentadoria ela tem.

A idosa não recebe aposentadoria porque não tem o tempo mínimo de carteira assinada, exigido pelo INSS e desde o final do ano passado luta para tentar receber a aposentadoria do marido falecido.


São mais de 20 anos atuando em coleta e a idosa não se queixa, afirma que esse trabalho a mantém forte, vigorosa e lhe dá prazer. Chegou a brincar, dizendo que se tivesse deixado de fazê-lo, talvez já não estivesse mais viva.

Porém confessou que se pudesse, ficaria apenas com o trabalho de separação dos recicláveis que as pessoas levam até a sua casa, a coleta nas ruas está cada vez mais exaustiva.

Ao final da conversa, deu um sorriso grande, pegou seu carrinho e seguiu adiante em sua jornada incansável pelas ruas.

Foto: Moacir Oliveira - Portal Norte da Ilha


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Reportagem Moacir Oliveira

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