A previsão para o trimestre é de chuva abaixo da média climatológica e mal distribuídaem SC. No entanto, a primeira quinzena de abril segue o padrão de chuva observado em março, mais frequente e totais mais elevados. No Litoral e Vale do Itajaí o indicativo é de tempo úmido em abril, com mais dias de chuva devido à circulação marítima. Em maio e junho a expectativa é de tempo seco com pouca chuva no Estado.
Destaque chuva forte, com totais elevados em curto intervalo de tempo, temporais com forte atividade elétrica (raios), granizo e ventania, ondas de frio e períodos de estiagem podem ocorrer no outono de 2022. Acompanhe a atualização dos avisos meteorológicos diários, na página da Epagri/Ciram e redes sociais
Climatologia (o que se espera para época do ano):
No trimestre as chuvas diminuem em relação aos meses de verão e a média mensal varia de 80 a 140 mm do Planalto ao Litoral e de 150 a 190 mm no Oeste e Meio-Oeste. As chuvas são preferencialmente causadas pela influência de frentes frias, sistemas de baixa pressão e vórtices ciclônicos.
Durante o outono ciclones extratropicais atuam com mais frequência no litoral do Uruguai, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, provocando vento intenso, mar agitado com ressaca e perigo para a navegação no litoral catarinense.
No trimestre a previsão é de temperatura próxima a média climatológica em SC. O destaque deste outono deve ser a maior amplitude térmica (diferença entre a temperatura mínima e máxima do dia) e alternância do frio com períodos mais aquecidos.
Em abril chegam às primeiras massas de ar frio com queda acentuada da temperatura e formação de geada, especialmente do Extremo Oeste ao Planalto. A partir de maio, as massas de ar frio chegam ao Sul do Brasil, provocando frio mais abrangente, com formação de geada ampla em Santa Catarina. Episódios de neve podem ocorrer associados às massas de ar frio, sobretudo no Planalto Sul e em junho. Por outro lado, também são esperados dias consecutivos de temperatura elevada (acima de 30ºC), especialmente nos meses de maio e junho, caracterizando veranicos. Outro caraterística da estação são os nevoeiros, associados à nebulosidade baixa, com redução de visibilidade.
Em fevereiro de 2022, as águas no Pacífico Equatorial apresentaram uma extensa área de anomalia negativa de temperatura na superfície do mar (TSM) em torno de -0,5°C a -2,0°C, como mostra a Figura 1. Em março, entre os dias 01 e 25/03, a anomalia negativa na área de monitoramento diminui, com valores em torno de -0,5 a -1,0°C (Figura 2), com aguas mais aquecidas bem próximo à costa do Peru. Essa condição está associada a atuação do fenômeno La Niña de intensidade fraca a moderada. A previsão é que o fenômeno continue nos meses de outono, perdendo força de forma gradativa, com indicativo de neutralidade no segundo semestre do ano. No Atlântico Sudoeste a TSM ficou com anomalia positiva, de 1,0°C e 2,0°C no litoral do Sul do Brasil, com águas mais frias próximo à costa da Argentina e Uruguai.