Saúde, Segurança, Educação, Meio Ambiente, Infraestrutura, Defesa Civil e Desenvolvimento Urbano integram a força-tarefa que a Prefeitura de Florianópolis iniciou nesta quarta-feira (13) nos bairros Itacorubi, Córrego Grande e Agronômica, principais focos do mosquito da dengue. Batizada de Operação Fim da Picada, a ação tem por objetivo mobilizar os cidadãos para que sejam também agentes de combate à doença. Atualmente, Florianópolis registra cerca de 3.500 focos e já são mais de 300 casos da doença desde o início do ano.
"Por mais que o poder público oriente, cabe a cada cidadão fazer a sua parte para frear essa epidemia. A partir de um decreto emergencial, além das ações educativas, poderemos ingressar em locais que mantém condições favoráveis à proliferação do mosquito, mesmo que não haja colaboração do proprietário", disse o prefeito Topázio Neto.
Além disso, de acordo com o prefeito, a Operação vai envolver atividades nas escolas, creches, Centros de Saúde e Conselhos Comunitários dos bairros em que a situação é mais crítica. "Precisamos ser severos nas ações, inclusive com multas, para que não tenhamos que enfrentar uma nova crise sanitária com impactos em todos os segmentos", continua o prefeito.
A primeira ação se dará em uma residência abandonada no Itacorubi, alvo de diversas denúncias de vizinhos, mas onde, até então, a fiscalização não podia entrar. "Estaremos presentes com ações incisivas, não somente nas propriedades particulares, mas como já acontece, em locais públicos como praças e cemitérios", completa o prefeito.
Priscila Valler, diretora de Vigilância em Saúde do Município, explica que além da resistência de muitos moradores em receber a visita dos agentes de endemias e seguir as orientações para controle do mosquito, fatores como a questão climática (chuvas), terrenos e imóveis abandonados e o cultivo de bromélias estão entre os que elevaram a incidência da doença. "Cerca de 60% dos focos de Aedes aegypti estão nas residências. Por isso é tão importante essa mobilização massiva para sensibilizar os moradores que hoje resistem em receber a visita dos agentes de endemias e de seguir as orientações para controlarmos a proliferação do mosquito", diz.