Segundo dados da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade do Estado de Santa Catarina, o tráfego médio diário de veículos na SC 401, trecho Norte (toda a extensão), é de 60.592 veículos.
Agora, no mês de janeiro, a média registrada foi de 98.965 veículos circulando diariamente no trecho em destaque.
O número representa 38,7% de aumento do fluxo em relação à média diária da via e 23,8% maior do que o registrado no mês de janeiro de 2024, quando o volume médio diário foi de 75.380 veículos. Quando analisamos os números, vemos que o excesso de veículos só tende a aumentar e algo revolucionário precisa ser feito. A terceira pista da SC 401 irá ajudar, mas não resolverá completamente. Uma solução cara, porém eficiente a longo prazo exigiria coragem e audácia dos administradores: a implantação do VLT em Florianópolis.
Popular nas grandes metrópoles, o VLT, Veículo Leve sobre Trilhos, é uma das alternativas eficientes de mobilidade urbana. Imagine um corredor desde o canteiro central da Avenida Beira Mar Norte e em toda a extensão da SC 401, transportando milhares de pessoas todos os dias. Ele seria integrado ao sistema de transporte coletivo.
Os veículos leves sobre trilhos (VLTs) estão entre as opções mais procuradas pelas cidades modernas que desejam dar corpo ao seu sistema de transporte coletivo. Trata-se de uma versão atual dos antigos bondes, agora mais leves, econômicos e silenciosos.
O impacto ambiental da energia elétrica é muito menor do que a queima de combustíveis fósseis, razão pela qual substituir ônibus a diesel por esses veículos é um ganho sustentável importante. Estudos comprovam que esse "selo ecológico" também faz diferença na opinião pública: mais pessoas tendem a deixar o carro em casa para usar o VLT, diante da pouca atração dos ônibus, considerados desconfortáveis e ruidosos.
Enquanto em outras capitais as cidades investem em metrô, VLT e BRT, Florianópolis sequer discute o assunto. Aqui está apenas uma provocação para o início de um debate sobre o futuro da mobilidade na Ilha da Magia. É preciso coragem.