As ações da força tarefa "Defesa, Orientação e Apoio"- DOA, direcionadas às pessoas em situação de rua (PSR), são desenvolvidas em conjunto por representantes de diversos órgãos públicos estaduais e municipais, como o Ministério Público, a Polícia Militar, à Secretaria Municipal de Assistencia Social, a COMCAP, a Guarda Municipal, o DIBEA (Diretoria do Bem-Estar Animal), dentre outros, e por representantes da sociedade civil, como os CONSEGS (Conselhos de Segurança).
Na ação realizada na última quinta-feira (07), nas ruas de Ingleses e Canasvieiras, diversas pessoas foram abordadas por uma equipe interdisciplinar e orientadas sobre seus direitos e deveres, como, por exemplo, o direito de ir e vir e o dever de respeitar também o direito das outras pessoas.
Também foram realizados esclarecimentos e orientações sobre a existência na "Passarela da Cidadania" (Passarela Nego Quiridu), local onde são garantidas à estas pessoas condições dignas de alojamento, banho, roupas, três refeições diárias, assistência de profissionais de diversas áreas, dentre outros serviços.
Mas, segundo os integrantes do DOA, muitos dos abordados, a maioria, se nega a saia da rua, é direito deles, e se dirigirem ou serem encaminhadas à Passatela da Cidadania e insistem em permanecer nas ruas dos bairros e do centro, pois encontram "tudo o que querem" nas ruas mesmo, na forma de doações da comunidade que acreditam estar ajudando, como alimentação, roupas, dinheiro.
Segundo o presidente do Conselho de Segurança de Ingleses, Santinho e Rio Vermelho, Alberto Neves "Em meus anos de trabalho na área de Segurança Pública e formação e estudos na área de Mercadologia Social posso afirmar que o repasse de doações indiscriminadas, sem estratégia, regras e controle, se configura em assistencialismo, o que, ao invés de ajudar, faz com que o problema perpetue, criando uma dependência dessa pessoa às doações".
Durante a ação, profissionais da Comcap recolhem o lixo e os entulhos localizados.