Gean e Moisés se degladiaram e Décio cresceu no vácuo; Família Amin três derrotas em uma eleição

Moacir Oliveira é editor do Portal Norte da Ilha

O resultado das eleições do primeiro turno revelaram uma disparada do candidato petista em um cenário permanentemente embolado ao governo catarinense. Nas últimas semanas Gean (UB) e Moisés (Republicanos) trocaram acusações entre si, beirando ao desespero, o que pode ter afastado a preferência de eleitores indecisos e favorecido o candidato lulista.

A participação também do ex-presidente Lula em um grande encontro em Florianópolis certamente influenciou diretamente no crescimento de Décio e a sua ida ao segundo turno.

Gean fez campanha em desvantagem?

Enquanto Jorginho tinha o Bolsonaro a seu favor, Décio o Lula, e Moisés a máquina do governo na mão, Gean estava visivelmente em desvantagem no pleito. Contou apenas com apoios periféricos e teve que lidar com o fato de ser desconhecido fora da grande Florianópolis, condições que não o intimidaram. Com uma campanha por todo Estado, Loureiro conseguiu levar sua mensagem ao eleitor e garimpou uma expressiva votação com mais de 550 mil votos, 13,61% do total.

Acredito que o apoio do ex-governador Raimundo Colombo mais lhe tirou do que rendeu votos. Colombo foi um governador mediano e sem marcas expressivas em seu mandato.

Agora resta aguardar qual será a definição de Gean para eventual apoio no segundo turno.

Família Amin: três derrotas em uma só eleição

O catarinense deu um recado claro para a família Amin, aliás um não: três!. Os três membros da família passaram longe de conquistarem vagas, seja para o Governo do Estado, Asssembleia Legislativa e Câmara dos Deputados.

A 'era Amim' há muito tempo fragilizada e desgastada chegou ao fim, só eles ainda não entenderam.

Institutos de pesquisa e a manipulação repugnante de sempre

O resultado das eleições para a presidência da república no primeiro turno traz a tona não um 'efeito surpresa' de última hora por parte do eleitor, mas a confirmação do que se via explicitamente nas ruas: um equilíbrio entre os estremos. Não havia disparidade favorável e crescente ao petista, como se tentou iludir massivamente na última semana, inclusive com o clima de "já ganhou". Resultado: Bolsonaro sai fortalecido e os institutos de pesquisa ainda mais desmoralizados.