A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural comunica a interdição dos cultivos de ostras e mexilhões das localidades da Fazenda da Armação, no em Governador Celso Ramos, e de Sambaqui, em Santo Antônio de Lisboa e Cacupé, em Florianópolis, devido à presença de ficotoxina Ácido Okadaico - também conhecida como toxina diarreica - acima dos limites permitidos.
A partir desta quinta-feira, 6, está proibido retirar e comercializar ostras, mexilhões e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia dessas áreas.
Exames laboratoriais detectaram a concentração de ficotoxina Ácido Okadaico acima do autorizado nos cultivos de moluscos bivalves. Quando consumida por seres humanos, essa substância pode ocasionar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.
"Esse é um fenômeno recorrente em Santa Catarina nessa época do ano devido, principalmente, às mudanças climáticas, aumento de temperatura e luminosidade. Além da influência das marés baixas, que permitem a maior concentração dessas microalgas em locais mais protegidos", explica o gerente de Aquicultura e Pesca da Secretaria da Agricultura, Sérgio Winckler.
A Cidasc intensificou as coletas para monitoramento das áreas de produção de moluscos interditadas e arredores. Os resultados dessas análises definirão a liberação ou a manutenção da interdição. Os locais de produção interditados serão liberados após dois resultados consecutivos demonstrando que os moluscos estão aptos para o consumo.
Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos, com 39 áreas de produção em 11 municípios do Litoral. O setor gera mais de 1.900 empregos diretos e a produção gira em torno de 13 mil toneladas de mexilhões, ostras e vieiras.
Santa Catarina é o único estado do país que faz o monitoramento constante das áreas de cultivo. O Programa Estadual de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos é um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, permitindo maior segurança para os produtores e consumidores.