Notas falsas de R$ 200,00 estão circulando no comércio do Norte da Ilha

Notas falsas de R$ 200,00 estão circulando no comércio do Norte da Ilha

No dia 2 de setembro de 2020, o Banco Central do Brasil lançou oficialmente a nota de R$200. As cédulas, que são estampadas pelo lobo-guará, já circulam em todo o comercio do Norte da Ilha – e é importante ficar de olho nos elementos de segurança que permitem identificar uma nota falsa. Um comerciante do bairro Ingleses relatou ter recebido uma nota falsa. Segundo ele a nota em circulação é muito parecida e os itens de segurança também são fáceis de confundir .


"Como o comércio está sempre cheio e com muita correria, o funcionário confere rapidamente e pode acabar se confundindo", disse Marcos Contreira, comerciante.


O Portal Norte da Ilha apresenta agora algumas informações importantes para que outros comerciantes também não sofram prejuízo com a falsificação.


Para começar, a nota de R$200 tem as mesmas dimensões da nota de R$20 e foi impressa nas cores cinza e sépia. Sua tiragem até o fim de 2020 será de 450 milhões de cédulas – ou seja, R$90 bilhões em circulação.


Como identificar uma nota falsa de R$200?

Marca-d"água


Detalhe da nota de 200 reais que mostra a marca d'água do lobo-guaráImagem: Banco Central do Brasil

Ao colocar a nota de R$200 contra a luz, alguns elementos aparecerão, como o valor em numeral e o lobo-guará.


Quebra-cabeça


Detalhe da nota de 200 reais que mostra o número 200 dentro de um quebra-cabeçaImagem: Banco Central do Brasil

Também contra a luz, é possível enxergar que as partes do desenho logo abaixo de "REPÚBLICA" montam o número 200.

Alto-relevo


Detalhe da nota de 200 reais que mostra os elementos que estão em alto-relevoImagem: Banco Central do Brasil

Pelo tato, dá para sentir alguns elementos em alto-relevo na nota, como a legenda "REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL", o número 200 e o lobo-guará.

Número que muda de cor


Detalhe da nota de 200 reais que mostra o número 200 com uma faixa brilhante verde ao meioImagem: Banco Central do Brasil

Ao movimentar a cédula, é possível enxergar um efeito no número 200 – uma barra brilhante que faz o número mudar de cor, do azul ao verde.

Número escondido


Detalhe da nota de 200 reais que mostra o número 200 escondidoImagem: Banco Central do Brasil

Finalmente, basta posicionar a nota à altura dos olhos, em um lugar bem iluminado, para descobrir um número 200 logo acima da legenda "DUZENTOS REAIS".

Para evitar problemas, ao receber uma nota de R$200, a recomendação prática é sempre checar pelo menos três desses elementos.

A nota de R$200 faz parte da Segunda Família do Real – são as cédulas que começaram a ser produzidas em 2010. Existem algumas maneiras de identificar notas falsas deste grupo (veja todas).

Por que a nota de R$200 foi criada?

Em julho, o Banco Central apresentou o cenário de entesouramento que o Brasil passa desde que a pandemia começou como o principal motivo para a criação da nota de R$200. Em outras palavras, as pessoas estão guardando mais dinheiro físico, gerando uma demanda maior de papel-moeda.

Isso significa que as cédulas estão sendo mais armazenadas e menos gastas – e, portanto, não estão circulando com tanta velocidade, demandando mais das casas impressoras e empresas que participam da logística de entrega.

Essa situação, associada com os pagamentos do auxílio emergencial e do FGTS emergencial, aumentou a demanda por dinheiro vivo.

"A criação da nota de R$200 foi uma resposta do Banco Central às mudanças provocadas pela pandemia do novo coronavírus", disse o presidente do Banco Central durante o lançamento. "Esse momento, com essas necessidades, se mostrou oportuno"

De acordo com o Banco Central, em 2019, o pico máximo de dinheiro físico circulando foi de R$281 bilhões. Em 2020, a projeção do Banco Central era de R$301 bilhões em dezembro, época mais aquecida da economia por causa das compras de fim de ano. Mas a pandemia quebrou esse cenário: um pico de R$342 bilhões já aconteceu neste ano.

Neste cenário, o BC diz que decidiu se antecipar a um possível aumento ainda maior de demanda. A diretora afirmou que a quantidade de papel-moeda em circulação está adequada às necessidades da população, mas não é possível saber por quanto tempo o entesouramento continuará.