Chegou o grande dia para 18 pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), o retorno para a natureza após a reabilitação. A soltura ocorreu na manhã de hoje, 22, na Praia do Moçambique, em Florianópolis (SC), pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), executado pela Petrobras para condicionante de licenciamento ambiental.
Os animais foram reabilitados no Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3 Animal).
As aves foram resgatadas este ano ao longo do litoral catarinense no âmbito do PMP-BS.
Entre elas está o pinguim resgatado em março, na Praia do Campeche, com o corpo coberto de epibiontes.
Migração anual
Geralmente, os pinguins que encalham em nossas praias são animais juvenis que estão em seu primeiro ano de vida e encaram pela primeira vez a migração desde a Patagônia, iniciada em meados do outono.
Como são inexperientes, após o longo trajeto eles chegam exaustos, desidratados, desnutridos, e muitos com sinais de asfixia/afogamento, que acabam não resistindo.
Outros, apresentam alterações evidentes de interação com petrechos de pesca, como apteria (ausência de penas) e hematomas severos em aletas (asas/nadadeiras). O animal se debate para tentar se soltar de petrechos de pesca, por exemplo, e acaba perdendo as penas.
É a chamada captura não intencional (bycatch), mesmo não sendo alvo de pescaria os animais são capturados por redes de pesca. E ainda têm as vítimas da interação com lixo.