A Prefeitura de Florianópolis lamenta mais uma vez a intransigência do Sindicato dos Servidores Municipais de Florianópolis (Sintrasem) que decretou greve no serviço público nesta terça-feira, 30 de maio. Nos últimos 6 anos, foram 6 paralisações, o que resultou em 160 dias, ao todo, de greve em Florianópolis. Em todas as vezes, os movimentos foram considerados ilegais pela justiça.
As negociações entre executivo e sindicato estavam abertas e com proposta de aumento real por parte da Prefeitura: 6% no salário e mais 6% no vale-alimentação. Além disso, o município ofereceu mais uma gratificação aos auxiliares de sala, grande massa de trabalhadores da educação, o que resultaria em um aumento total de 17% no salário. A Prefeitura ressalta que vai entrar novamente na justiça pedindo a manutenção de todos os serviços municipais.
Já o Sintrasem afirma que "após quase dois meses de negociações de Data-base, o governo Topázio não apresentou uma resposta que atenda as reivindicações dos trabalhadores, além de negar avanços e investimentos para a melhoria o serviço público de Florianópolis".
Alerta na Saúde, antecipação de férias na educação
A Prefeitura declarou profunda preocupação com a situação dos serviços na área da saúde, já que os hospitais estaduais estão superlotados na cidade. Em caso de não atendimento na atenção primária, os Centros de Saúde e UPAs, a tendência é maior pressão nas emergências estaduais. A Secretaria de Saúde lembra que a UPA Continente não sofrerá interrupções por ser gerida via Organização Social.
"O sindicato se diz contra o modelo de organização social nas UPAs, mas prova cada vez mais a importância desse modelo de administração. É o que vamos fazer durante a greve: contratar profissionais de fora para não deixar a população sem atendimento", disse o prefeito Topázio Neto.
Na educação, o executivo já iniciou trâmites para antecipar férias escolares em unidades que decidirem por paralisar os serviços. O objetivo é não prejudicar o ano letivo de milhares de alunos.