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A carreira de um bombeiro militar é dinâmica e desafiadora. Diariamente os militares se apresentam nos quartéis espalhados por Santa Catarina sem saber o que vão encontrar nas 24 horas seguintes. O Dia Nacional do Bombeiro Militar é relembrado neste domingo, dia 02 de julho. O subtenente BM CTISP Marcos Afonso Pasetto é referência na função de chefe de socorro, responsável por comandar as guarnições, onde atua há mais de seis anos.
São 32 anos de dedicação ao Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), boa parte deles atuando em Criciúma. "A ideia de ser bombeiro militar se deu após, lá em 1989, eu me deparar com uma ocorrência e ajudar os militares no resgate de uma vítima em um incêndio. Na sequência abriu o concurso e eu passei. Foi a melhor coisa que fiz na minha vida", conta.
O subtenente conta que nas mais de três décadas já se deparou com diversas ocorrências. Das corriqueiras do dia a dia até as mais inusitadas. "O alarme tocou às 5 horas. O chamado era para um incêndio dentro de um guarda roupa, onde não tinha nada elétrico ou que pudesse causar as chamas. Chegando lá, a vítima desesperada que tinha pego fogo em pontos das fileiras de roupa. Não quis acreditar, porque, até então, era impossível", relembra.
"Orientamos ela e quando estava na sala, olho para o lado, uma chama de fogo em cima do sofá. Do nada. Um fogo sem cheiro, sem calor, só o fogo. Parecia de televisão. Ali eu passei a acreditar na ocorrência. Voltamos para o quartel, chegando lá, o alarme soa de novo", acrescenta. "Era o pai da mulher, desesperado, que agora tinha acontecido com ele. Tinha pego fogo na bombona de água de 20 litros, onde não tinha nenhuma carga de energia e até hoje ninguém explica. São ocorrências da mais inusitadas que nós passamos diariamente.", relembra rindo.
As ocorrências marcam a vida dos bombeiros militares, pois eles, por vezes, são os primeiros a chegar na cena. "Cada rua que eu passo em Criciúma, bairro que eu visito, as viagens que eu faço. Tudo me lembra alguma ocorrência. A gente cria uma experiência indescritível. É emocionante ser reconhecido e saber que a nossa profissão ajuda milhares de pessoas diariamente", lembra. "Muitos colegas não chegaram até o fim da carreira pois tombaram -morreram exercendo a profissão, no caminho. Sou grato a Deus por ter me guardado todos esses anos", finaliza.
"Costumamos dizer que não somos nós quem escolhemos a profissão de bombeiro, mas sim, somos escolhidos por ela. Parabéns para todos os bombeiros militares por dedicarem suas vidas em prol da proteção da vida, do patrimônio e do meio ambiente, mesmo com o risco da própria vida", enfatiza o comandante do 4º Batalhão de Bombeiros Militar, tenente-coronel BM Henrique Piovezam da Silveira.
Texto e fotos: Manuela Silva