Caso 'Camaro Ingleses': a justiça tardou e falhou?

Moacir Oliveira é editor do Portal Norte da Ilha

Foto: arquivo

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"A justiça tarda mas não falha", será?

Após seis anos de um sofrimento sem fim, o sobrevivente do atropelamento do Camaro em 2017, nos Ingleses, viu o responsável pelos crimes ser condenado a uma pena pífia, e revoltante.

Uma morte e duas pessoas feridas, sendo que uma delas sem as duas pernas, não foram suficientes para uma condenação justa.


A Justiça de Santa Catarina condenou, nesta quinta-feira (13), o supervisor Jeferson Bueno a 5 anos e 10 meses de prisão em regime semiaberto e sete meses e dez dias no aberto.


A defesa, com todas as suas artimanhas, conseguiu converter as acusações para crime de trânsito, onde as penalidades são mais brandas.

Em resumo, mesmo com todos os elementos, as provas contundentes, a morte e as sequelas nos sobreviventes, o condutor seguirá sua vida normalmente, cumprindo alguns poucos anos a "pena" em regime semi-aberto. Da qual inclusive pode recorrer e reduzir.

Infelizmente não é o primeiro e não será o último caso de injustiça quando envolve acidentes de trânsito. As brechas na lei, as fragilidades da legislação de trânsito, resultam em uma combinação de impunidade.

Até quando?