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A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, vai transformar as margens e recuperar o leito do Rio do Brás, em Canasvieiras, no Norte da Ilha, por meio de uma série de novas ações. Com intervenções divididas em duas frentes - desassoreamento e construção de estrutura física para uma nova orla - a obra vai trazer uma identidade mais convidativa ao local, com o objetivo de aproximar moradores e turistas à região.
"Essa é uma decisão da Prefeitura que busca mudar de vez a imagem que se tem do Rio do Brás, que por muitos anos esteve em pauta de forma negativa. Nos próximos dias devemos lançar os processos licitatórios para a contratação de empresas responsáveis pelo desenvolvimento do trabalho, tanto de recuperação ambiental, quanto de infraestrutura", destaca o secretário de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, Eduardo Sardá.
"O Rio do Brás que queremos é assim, bem cuidado e com uma área moderna para dar novos ares à região, fazendo dele um espaço em sintonia com a cidade. Precisamos estar de frente para nossas belezas naturais e não distante delas", salienta o prefeito de Florianópolis, Topazio Neto.
Obra de infraestrutura
A nova área de lazer será construída na margem que acompanha a Rua Murilo Antônio Bortoluzzi, no trecho compreendido entre a ponte do Rio do Brás e a orla da praia de Canasvieiras. A intervenção terá a implantação de um deck de contemplação de aproximadamente 952 m²; três quiosques comerciais, novos passeios em concreto e "parklets", com bicicletário, bancos, mesas e vasos para colocação de folhagens e flores.
Outro aspecto importante da obra é a instalação de três aparelhos aeradores dentro da água, cada um com abrangência de 4.500 m². Esses equipamentos, que esteticamente lembram chafarizes, serão responsáveis por aumentar o contato da água com o ar, acelerando a eliminação de compostos indesejados e incorporando oxigênio no rio, com benefícios diretos ao ecossistema local.
Além disso, a iluminação pública da via será reformulada e atualizada para atender ao novo espaço de contemplação. As árvores existentes no terreno serão preservadas, sem necessidade de corte ou deslocamento.
Recuperação ambiental
Além das ações de limpeza mecanizada da camada vegetal que historicamente se forma no curso hídrico, caracterizada pela presença de plantas macrófitas, novas medidas serão implementadas para focar na resolução de problemas antigos.
"Neste primeiro momento estamos planejando o levantamento batimétrico do rio, com o intuito de conhecer as condições de profundidade do leito e as características do lodo sedimentado ao longo dos anos, que pode resultar em indicadores sobre a presença de poluentes", explica o superintendente de saneamento da SMMADS, Bruno Vieira Luiz.
Na sequência, deverá ocorrer o desassoreamento do leito, com o objetivo de complementar as demais ações ambientais, como o acompanhamento das condições da fauna e flora. "Considerando o grau de poluição ocasionada pelo despejo inadequado de efluentes e de resíduos sólidos, a ser averiguado, essa etapa vai consistir na remoção dos sedimentos e outros materiais que se acumulam no fundo do rio e reduzem sua capacidade de escoamento, bem como influenciam na eutrofização desse ambiente", comenta o superintendente.
"Com isso, além da melhora no aspecto ambiental, esperamos reduzir os riscos de alagamentos nas redondezas em dias de fortes chuvas, uma vez que o leito poderá absorver com mais facilidade o excedente pluviométrico", complementa o secretário de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, Eduardo Sardá.