"O governo estadual parece não se importar, como deveria, com a proteção do parque, apenas os bombeiros locais da Barra da Lagoa e Canasvieiras trabalham incansavelmente no local"
O Parque Estadual do Rio Vermelho está queimando há seis dias. Espécies nativas, corpo d"água, animais, restinga, ardem nas chamas. As altas temperaturas ajudam a proliferar o fogo, causando prejuízo a fauna e a flora. A fumaça tomou conta do céu da região e para os moradores da região está difícil respirar.
O governo estadual parece não se importar, como deveria, com a proteção do parque, apenas os bombeiros locais da Barra da Lagoa e Canasvieiras trabalham incansavelmente no local. Esperávamos assisitir uma grande mobilização para cessar definitivamente os focos e evitar danos maiores, mas o trabalho é quase "formiguinha".
As queimadas, em boa parte, são criminosas e tem objetivo de abrir caminho para invasões da área. O fogo, após controlado, deixa o terreno exposto e livre para ser invadido. Há também os focos provocados por irresponsáveis que fazem churrasqueiras e descartam as brasas na floresta, outros jogam bitucas de cigarro nas margens da rodovia João Gualberto Soares.
Se olharmos no retrovisor do tempo vamos recordar das áreas verdes e protegidas de outrora, em toda ilha. Hoje, repetidamente, constatamos inúmeras construções que avançaram escancaradamente pelas áreas de APPs, sem qualquer controle.
As autoridades estão se mostrando incompetentes na proteção do parque, não há sequer monitoramento com câmeras nas principais entradas. Ou seja, transformam o local em território livre para crimes.
E a situação mais grave ainda é quando os moradores ligam para a polícia ambiental para denunciar as queimadas e ouvem a resposta de que não há efetivo disponível para atender a demanda.
Até quando vão agir apenas na contenção e não na prevenção?
É um escabroso desleixo com a natureza!