Com lei de internação compulsória, é hora das autoridades agirem nos Ingleses

Moacir Oliveira é editor do Portal Norte da Ilha

Foto do leitor

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Ninguém está na rua porque quer. Certamente você já ouviu esta frase. Mas, de forma pragmática, a situação é bem diferente.

Tem gente na rua porque quer sim, e não estão nem aí para as possibilidades de viver em abrigos ou mesmo regressar para as cidades de origem. Se consideram os donos da rua.

É bem verdade que boa parte das pessoas em situação de rua não comentem crimes, vivem de doações e trabalhos como reciclagem e outros "bicos" para sobreviver. São até benquistos por moradores e comerciantes, mas de um tempo para cá, o aumento exponencial de moradores de rua no bairro Ingleses tem chamado a atenção e causa preocupação da comunidade.

Alguns são desrespeitosos, agressivos e perigosos. A entrada do bairro, conforme foto enviada gentilmente por leitora, mostra um grupo acampado as margens da rodovia. Uma cena lamentável diante de moradores e turistas. Situação semelhante ocorre também em Canasvieiras.

Aí, você pergunta, mas porque não tiram dali e levam para um abrigo? Porque eles não querem ir. Mas agora, com a aprovação da lei de internação compulsória acabou a desculpa para uma ação mais efetiva do município, ou será apenas mais uma lei de araque em meio a tantas outras.

A comunidade do maior bairro da cidade espera uma ação ampla de abordagem, com base no que diz a lei. Não é uma forma de excluir os excluídos, mas de dar a eles uma oportunidade, ou em alguns casos, um tratamento adequado.


Moacir Oliveira

Editor Portal Norte da Ilha

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