Não há como sustentar um processo de impeachment quando não se tem comprovação do ato irregular praticado. No caso dos respiradores, a Procuradoria Geral da República inocentou o governador afastado e atestou que Carlos Moisés não participou do esquema. O Superior Tribunal de Justiça acatou a recomendação e arquivou o caso.
Portanto, juridicamente Moisés conseguiu desvincular-se do grupo responsável pela compra dos equipamentos que causaram prejuízo milionário aos cofres do Estado.
Mas ainda não acabou. O governador passará agora pelo crivo do tribunal do impeachment, que é parte técnico e parte político, envolto em interesses, em demasia.
O fato é que não há como sustentar o impeachment, chegou a hora de virar a página, encerrar o desgastante troca troca de cargos e governar o tempo que resta, diante do cenário de turbulência de uma pandemia desenfreada.
A mácula permanecerá e a cura se dará através da forma como será conduzido o comando do Estado até as eleições, será um teste de habilidade para o governador e o seu futuro político.
Fica a lição para os governantes escolherem com esmiuçada atenção os seus subordinados para que em um futuro próximo não tenham que arcar com os seus atos.
Com Moisés inocentado pela justiça impeachment cai por terra