O animal apresentava um ferimento na cabeça e passa por reabilitação
Um pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) está recebendo uma técnica diferente para tratar um ferimento na região da cabeça. Trata-se de aplicação de pele sintética, chamada de hidrocolóide. Essa é a primeira vez que a R3 Animal utiliza essa técnica na reabilitação de animais marinhos. Tanto o resgate quanto a reabilitação do pinguim são realizados através do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).
De acordo com a médica veterinária Marzia Antonelli, a pele sintética ajuda no processo de cicatrização e reconstrução dos tecidos. "O hidrocolóide interage com o exsudato da ferida criando um microambiente. Isso ajuda no processo curativo e promove a passagem de bactérias a partir da cobertura, evitando, nas épocas mais quentes, a aproximação de moscas. A proteção ainda reduz a exposição da área contaminada, reduzindo também o uso de antibiótico", explica.
Este pinguim foi resgatado pela equipe do PMP-BS/Udesc no dia 14 de agosto, na Praia do Mar Grosso, em Laguna (SC). A ave estava com um corte profundo na cabeça, com exposição de musculatura e de parte do crânio.
Após 10 dias de estabilização, a equipe da Udesc transportou o pinguim até o Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM) para que a R3 Animal desse sequência na reabilitação. Assim que estiver apta, a ave voltará ao habitat natural.
O CePRAM fica localizado no Parque Estadual do Rio Vermelho, unidade de conservação sob responsabilidade do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina em parceria com a Polícia Militar Ambiental.
IMPORTANTE
Caso encontre um mamífero, ave ou tartaruga marinha debilitada ou morta na praia, ligue 0800 642 3341. Sua ajuda é fundamental para salvar vidas!