Coronavírus: a volta a normalidade ou a quarentena? Quem está com a razão?

Na disparada de decretos as incertezas sobre as posições divergentes das lideranças

arte: Portal Norte da Ilha

arte: Portal Norte da Ilha

É um momento atípico para a humanidade, mesmo para os mais velhos que enfrentaram inúmeras calamidades e pandemias. O fato é que nem mesmo os mais alarmantes filmes apocalípticos conseguiriam dimensionar nas telas o impacto real que estamos vivenciando em todo o planeta.

Por alarmismo exacerbado? Por precaução demasiada? Por constatação dos fatos?

Até mesmo os especialistas se especializaram em divergir. Ouvimos e vemos de tudo.

No nosso país reina um dilema ainda maior, que divide a nação em incerteza. Desde o pronunciamento em rede nacional do presidente Jair Bolsonaro, estimulando as pessoas a voltarem ao trabalho e a vida normal, governadores e prefeitos, em sua maioria, manifestam posições contrárias a decisão do chefe maior da nação.

O governador do Estado, Carlos Moisés chegou a gravar um vídeo onde se disse "estarrecido" com a fala do presidente, foi aplaudido por seus seguidores e criticado por outros, principalmente por aqueles que o consideram traidor de Bolsonaro.

Após o vídeo, no dia seguinte, Moisés apresentou o Plano Estratégico para a Retomada das Atividades Econômicas , onde, claramente, afrouxou as medidas, até então, contundentes de confinamento no Estado. Não resistiu à pressão de vários segmentos produtivos do Estado.

É bem verdade que as medidas só vigoram a partir da semana que vem, mas hoje já era possível notar o comércio reabrindo algumas portas.

Por outro lado, o prefeito de Florianópolis Gean Loureiro fez o oposto de Bolsonaro e Moisés e não relaxou as medidas adotadas na capital. Em decreto publicado hoje, estendeu até o dia 08 de abril o regime de quarentena na cidade. Gean iniciou o vídeo pedindo desculpas aos que não iriam concordar com a decisão, segundo ele tomada após amplo debate com a sua equipe técnica de saúde.

Três líderes, três posições distintas.

Certamente as ações dos três chefes do executivo não geram consenso, há os apoiadores e os contrários entre seus próprios grupos.

Quem está com a razão? O que liberou geral, o que liberou parcialmente ou o que manteve a quarentena?

A única resposta para este questionamento quem dará será o senhor da razão, o tempo!

Ah, o tempo.