Florianópolis tem rede de ensino municipal com estudantes de 45 nações, Norte da Ilha lidera

Maioria dos matriculados é da Venezuela, Argentina, Uruguai, Cuba e Haiti

Foto: divulgação PMF

Foto: divulgação PMF

A rede municipal de ensino de Florianópolis concentra estudantes de 45 nacionalidades, englobando crianças da América, Europa, África e Ásia. Conforme a Diretoria de Planejamento e Dados Educacionais (Diped) há 629 matriculados em escolas e creches que vieram das mais diversas partes do mundo.

A maioria dos estrangeiros é formada por venezuelanos, 216, seguidos por argentinos, 158, uruguaios, 37, cubanos, 33, e haitianos, 25.

Mas há estudantes do Chile, 15, Colômbia, 13, Rússia, 11, Espanha, 11, e Estados Unidos, 10, entre outros.

Existem igualmente matriculados na rede municipal, pessoas de países não muito conhecidos, como o Iêmen, uma nação árabe que ocupa a extremidade sudoeste da Península da Arábia, na Ásia. Outro caso é o Brunei, país minúsculo, também da Ásia, com população de 440 mil habitantes.

No universo de matriculados há ainda crianças de nações africanas igualmente pouco conhecidas. Os exemplos são Burundi e Burkina Fasso.

Para a diretora da Escola Básica Municipal Intendente Aricomedes da Silva (Ebias), Regina Lima, num primeiro momento o mais importante, para um estrangeiro, que chega à unidade educativa é o acolhimento. "O estudante tem que sentir bem, amado e respeitado no ambiente escolar". E nós nos dedicamos intensamente a essa parte".

Na escola, que fica na Cachoeira do Bom Jesus, há 15 estudantes vindos da Argentina (5), Cuba (3), Chile (2) , Uruguai (2), Venezuela (1), Peru (1) e do Japão (1).

É importante também, conforme Regina Lima, dar acesso, aos recém-chegados materiais que reduzam as barreiras para a aprendizagem da língua portuguesa, explorando recursos visuais, auditivos e sensoriais.

O intercâmbio cultural é outro ponto de integração. "É importante dar oportunidade aos estudantes estrangeiros para que nos mostrem a cultura do seu país, fazendo com que eles valorizem sua origem e se sintam mais próximos de sua pátria mãe", relata a diretora.

Regina Lima informa que para o ano que vem haverá aula de português para reforçar a adaptação dos estudantes de outros países.

Na Escola Básica Municipal Osmar Cunha, em Canasvieiras, há 49 estrangeiros.

Na quinta e sexta-feira, pela manhã e à tarde, essas crianças e adolescentes têm à disposição curso de língua portuguesa ministrado pela professora Wendi Vaz.

Os estudantes são da Argentina (27), Cuba (13), Venezuela (4), Chile (3), Uruguai (1) e Bolívia (1).

No Núcleo de Educação Infantil Gentil Mathias, em Ingleses, existem 13 crianças estrangeiras. Vieram da Argentina, Uruguai, Espanha, Venezuela, Índia, Panamá, Rússia e Cuba. "Acolhemos as famílias e as crianças da melhor maneira possível para que sejam compreendidas e respeitadas", ressalta a diretora do Neim, Vanusa Alda.

Para o secretário de Educação, Maurício Fernandes Pereira, "essa diversidade que cada estudante traz do seu país, faz com que o ensino de Florianópolis também tenha um ganho de qualidade cultural".

ORIGEM DOS ESTUDANTES ESTRANGEIROS

Venezuela

Argentina

Uruguai

Cuba

Haiti

Chile

Colômbia

Rússia

Espanha

Estados Unidos

Peru

Portugal

Equador

Bolívia

Paraguai

Japão

Síria

Itália

Argélia

Irlanda

Iêmen

Guiana Francesa (pertencente à França)

França

Canadá

Brunei

Açores (pertencente à Portugal)

Afeganistão

Alemanha

Bielorrúsia

Grã-Bretanha

Bulgária

Burkina Fasso

Burundi

Cabo Verde

Dinamarca

República Dominicana

Filipinas

Gana

Índia

Inglaterra

Jordânia

Líbano

Líbia

Panamá

Paquistão

Senegal